Um bom profissional, não importa a área em que atua, sabe que precisa desenvolver diferentes habilidades para se tornar mais útil, eficiente e competitivo em seu mercado. Afinal, empresas precisam se manter em um ritmo de inovação e mudança para que não acabem se tornando obsoletas, já que os mercados estão sempre exigindo mais e mais.
Entre as habilidades mais importantes que todo profissional deve desenvolver, temos a inteligência emocional, principalmente em cargos de liderança. Muitos imaginariam que a inteligência (QI) seria o principal fator para profissionais terem maior sucesso em suas carreiras, mas diversos estudos apontam que a inteligência emocional é ainda mais importante.
É dever de todo profissional desenvolver uma inteligência emocional elevada e, apesar de não ser uma tarefa fácil, é totalmente possível. Para entender melhor este tema importante, trouxemos aqui neste artigo tudo o que você precisa saber sobre inteligência emocional e como desenvolvê-la para ter maior sucesso em sua carreira no mercado de trabalho e ajudar colegas, acompanhe até o final com muita atenção.
Muitos profissionais ainda se perguntam inteligência emocional: o que é? Já que este é um tema pouco discutido em grande parte das diferentes indústrias e mercados. Em geral, é um assunto discutido apenas em profissionais de alto escalão que estão interessados em alta performance em suas profissões, mas que é uma habilidade útil para qualquer nível de profissão.
O primeiro conceito geral aprofundado de inteligência emocional no comportamento humano surgiu ainda em 1989. O psiquiatra com especialização em crianças Stanley Greenspan iniciou discussões e compartilhou pensamentos interessantes sobre inteligência emocional, pensamentos que seriam aprofundados ainda mais por dois profissionais da psicologia em 1990, John Mayer e Peter Salovey.
Nas palavras de Peter Salovey e John Mayer, o conceito de inteligência emocional seria: “a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros”.
Uma explicação mais simples sobre a inteligência emocional é que esta uma inteligência associada a um conjunto de habilidades que permitem lidar com os sentimentos de forma a controlá-las ou aproveitá-las. É uma forma de reconhecer os sentimentos, lidar com eles e saber como pode controlá-los em algum nível para seu bem estar, tendo controle emocional.
É uma habilidade que também se estende a outras pessoas, fazendo com que possa reconhecer e ajudar outras pessoas a gerenciar estes sentimentos, e daí surgem as soft skills que entenderemos melhor mais à frente neste artigo. Para os doutores Peter Salovey e John Mayer, os domínios básicos da inteligência emocional são os seguintes:
Onde se pode identificar com maior precisão a emoção apresentada.
Utilizar as emoções identificadas para ajudar em seu no processo de pensamento em busca de um objetivo específico.
É ir além de apenas identificar as emoções apresentadas, entendendo as nuances de cada emoção e compreendendo com maior profundidade as emoções.
Aqui é a habilidade final identificada pela psicologia, controle emocional, ao identificar e entender melhor as emoções, no fim é necessário lidar e ter maior controle sobre as emoções.
Os conceitos iniciais de inteligência emocional foram introduzidos pelos profissionais Peter Salovey e John Mayer, mas, Daniel Goleman é o grande responsável por popularizar este conceito de inteligência emocional e explorar mais a fundo o assunto.
Daniel Goleman é um psicólogo norte americano, escritor e PhD da Universidade de Harvard que enxergou o potencial da inteligência emocional em comparação com o quociente de inteligência que era considerado o mais importante na época. Em 1995, Daniel Goleman mudou tudo ao lançar o seu livro chamado de “Inteligência Emocional”, trazendo um comparativo importante entre o QI, Quociente de Inteligência, e o QE, Quociente Emocional.
O livro se tornou um bestseller em todo o mundo, trazendo o assunto para uma alta acessibilidade em diferentes tipos de públicos. Assim, Daniel Goleman foi o responsável pela atenção e exploração do assunto em diferentes níveis por acadêmicos e jornalistas.
Para Daniel Goleman, a inteligência emocional é a base para o desenvolvimento da inteligência de um indivíduo, já que é a capacidade de gerenciar os seus próprios sentimentos, para que sejam expressados da maneira em que o individuo precisa que seja para ser mais eficiente em situações específicas.
O estudo que Goleman expõe em seu livro, demonstra que são necessárias habilidades e competências com o objetivo de melhorar a inteligência emocional para ter melhores resultados no âmbito profissional.
Em seu livro, Daniel Goleman trouxe à tona os seus 5 pilares da inteligência emocional. Para ele, estes cinco pilares em conjunto podem formar uma inteligência emocional completa e podemos ver que os pilares se assemelham ao trabalho de Peter Salovey e John Mayer, mas de forma mais aprofundada na mente humana, são eles:
1. Autoconsciência
A autoconsciência é se conhecer de forma aprofundada, identificar as emoções, os próprios sentimentos e como reage a elas, como resposta aos estímulos que estas emoções provocam. É necessário identificar e se conscientizar para que possa chegar ao gerenciamento destas emoções de forma eficiente.
2. Autorregulação
Após identificar as emoções e como está lidando com elas, aqui temos a habilidade de lidar com estas emoções, trabalhá-las a fim de transmitir a mensagem certa. É uma habilidade que, inclusive, também se aplica a aplicação em outros indivíduos, em casos de maior domínio de inteligência emocional.
3. Automotivação
O processo de domínio da inteligência emocional é um caminho em que a consistência é necessária, o individuo precisa estar sempre em um processo contínuo de análise de situações, suas emoções e como responde a elas de forma a conseguir o que precisa, e isso pode ser cansativo.
Por isso a automotivação é um dos pilares da inteligência emocional, já que o individuo precisa estar sempre se motivando a manter a disciplina no desenvolvimento das habilidades.
4. Empatia
Aqui temos uma capacidade importante que consiste em conseguir se colocar no ponto de vista de outros indivíduos, para que posa identificar as emoções, o que as motivou e entender por que aquilo aconteceu.
5. Habilidades sociais
No último pilar de Daniel Goleman para a inteligência emocional, a habilidade social é fundamental no tratamento com outros indivíduos. É um conjunto de habilidades sociais que podem facilitar a interação social em qualquer ambiente.
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EXPERIMENTE AGORAAlém dos pilares da inteligência emocional apresentados por Daniel Goleman, o psicólogo também apresenta em seu livro os 12 domínios em que acredita serem essenciais para que o individuo alcance uma inteligência emocional completa, são eles:
Em seu livro, Daniel Goleman nos entrega um conceito de habilidades que podem ser muito úteis para o ambiente profissional. As soft skills são as habilidades de lidar com as interações com outros indivíduos, enquanto o individuo ainda lida com os seus sentimentos e emoções.
E, em uma carreira profissional, o individuo deve se preocupar com algumas soft skills que são muito importantes para o ambiente de trabalho, são elas:
Agora que já entendemos bem como surgiu o conceito de inteligência emocional e como foi desenvolvida através dos anos até ganhar a importância que possui agora. E mesmo que alguns aspectos emocionais sejam permanentes em alguns indivíduos por fatores como a genética, Daniel Goleman defende a ideia de que é possível treinar a forma com que processamos as emoções.
Então, vamos às melhores dicas para desenvolver a inteligência emocional de forma efetiva:
De acordo com os estudos divulgados pelo psicólogo Tomas Chamorro-Premuzic, a personalidade acaba sendo formada com base da identidade que indivíduo tem de si e em sua reputação. Por isso, é comum que qualquer comentário negativo sobre ele feito por outros indivíduos é completamente ignorado.
A autoconsciência bem desenvolvida faz com que o indivíduo tenha uma perspectiva literal e realista sobre os seus pontos fortes e fracos, além de ter uma aceitação maior para o feedback negativo que recebe, a fim de analisar o que foi dito e melhorar caso seja necessário, chegando à inteligência emocional.
Um dos maiores indicativos de uma baixa inteligência emocional, é a incapacidade de se colocar na perspectiva de outros indivíduos. É necessário trabalhar a própria empatia pelos outros e trabalhar a sua habilidade de se colocar no lugar de outros para entender melhor as suas motivações, emoções, forças e fraquezas.
É necessário estar atento aos sinais do corpo, principalmente se você tem um temperamento mais explosivo. Reações exageradas tendem a resultar em sentimentos negativos em todos os indivíduos em volta, e por isso é preciso ter controle não só sobre as suas emoções, mas como o seu corpo responde a elas.
A chave aqui é identificar quais são os gatilhos que o levam a ter reações extremas, e evitá-los para ter maior qualidade de vida.
Não adianta, por mais que tentemos fugir das situações que nos trazem estresse e ansiedade, elas são inevitáveis, tanto em nossa vida pessoal quanto profissional. Então, o melhor que podemos fazer é aprender a gerenciar estes sentimentos quando eles aparecem, para que uma reação exagerada não traga resultados negativos indesejados.
Esta é uma habilidade que cada indivíduo deve aperfeiçoar por si próprio, não existe uma regra para todos, cada um tem a sua forma de lidar com estas emoções poderosas e assim chegar à inteligência emocional.
O psicólogo Tomas Chamorro-Premuzic reconhece que no ambiente corporativo, a autoconfiança é muito bem-vista em líderes de grandes empresas. Mas, para o psicólogo, a humildade é uma característica muito mais poderosa em líderes, já que pode inspirar a sua equipe, além de transmitir segurança a eles.
Para ele, um bom líder deve saber como parecer humilde, escutando o feedback de seu time, mas também saber como combinar isso com a assertividade que o ambiente corporativo necessita, com um bom desenvolvimento da inteligência emocional.
Sabemos que a inteligência emocional é muito importante e que é a base para a inteligência do indivíduo, e esta habilidade pode trazer alguns benefícios bem úteis, principalmente para profissionais e líderes em qualquer mercado, acompanhe:
1 – Melhora na comunicação
Um indivíduo que desenvolveu a sua inteligência emocional de forma eficaz consegue elevar o seu nível de comunicação o auxiliando profissionalmente em diversos níveis. Afinal, uma comunicação eficaz é uma habilidade essencial para líderes, para que possam repassar de forma fiel e eficiente o que precisam para os seus colaboradores.
2 – Relacionamentos interpessoais de qualidade
Dois dos pilares da inteligência emocional no trabalho trabalham diretamente a forma com que nos relacionamos com outros indivíduos. A empatia e a habilidade social são pilares que elevam o indivíduo socialmente e este têm as ferramentas necessárias para desenvolver relações, mesmo que hierárquicas, saudáveis e de respeito.
Quais são os 5 pilares da inteligência emocional?
Para o psicólogo Daniel Goleman, os cinco pilares da inteligência emocional são os seguintes:
O que é a inteligência social?
A inteligência social é a capacidade de processar nossas emoções e gerenciá-las a fim de entender melhor as capacidades emocionais e sociais de outros indivíduos.
Qual a importância da inteligência emocional?
De acordo com Daniel Goleman, a inteligência emocional é a base para desenvolver a inteligência (QI) de qualquer indivíduo, já que as emoções possuem um grande poder sobre as pessoas.